Coronavírus são vírus de uma família
causadora de infecções do trato respiratório e são assim chamados devido
possuírem a aparência de uma coroa, microscopicamente falando.
Normalmente,a grande maioria das pessoas será infectada pelos tipos mais comuns deste vírus no decorrer da vida.
No entanto, no final do ano passado, por ocasião da eclosão de alguns casos na China, acabou sendo descoberto um novo agente de Coronavírus: o COVID-19.
E com o espraiamento surtado desta, até então desconhecida mutação viral, pelo continente asiático e posteriormente por outros países (como Irã e Itália, por exemplo), fomos todos englobados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) neste mês de março de 2020 na nova pandemia da história.
O que sucede, a partir daí, são perdas irreparáveis de milhares de vidas preciosas e a instalação de uma crise para a qual o mundo não se preparou para tê-la.
Assim, o que tenho visto, de diversos modos e de muitas maneiras no lado oculto de um Coronavírus, é o seguinte :
- Medo, muito medo. Medo com outros nomes. Medo, inclusive, de morrer, de se infectar e até mesmo de perder parentes, amigos, bens, dinheiro, status, funções e coisas;
- Sentimento de impotência. Sim, muitos de nós, encastelados no universo de nossos imediatos ambientes seguros e prazerosos, fomos pegos de surpresa pela incapacidade de saída dos guetos desta realidade sombria;
- Arrogância. Refiro-me aquele traje típico de quem uma vez vestido com as túnicas da autoridade, poder e domínio sobre as demais pessoas, decide tratar a vida alheia como coisa e a coisa como Vida;
- Falta de amor. É duro, embora seja verdade. Mas, infelizmente, só para ilustrar, num país que se auto-afirma cristão como o Brasil, não percebo a solidariedade confessada nos credos, dogmas, ritos, hinos, cultos e tudo mais, presente no chão árido e seco relacionado diretamente a este fato;
- Ausência dos encontros de milagres. Pastores e líderes que eram vistos à frente nos encontros de curas decretando isto e aquilo outro, desapareceram do cenário na hora da intercessão pelo milagre;
- Politicagem. Discursos e ações pouco preocupadas com a gravidade do problema;
- Perpetuação do feudo eclesiástico. O prédio cúltico para muitos ou para alguns, tornou-se no símbolo da validação do encontro de Deus com os homens;
- E, por fim, para encurtar a fala, muitos estão descobrindo agora pela primeira vez, sozinhos, no altar da devoção, o que é Ser cristão só com Cristo (sem a cangalha da religião); que o Evangelho não é nem nunca foi“ evangélico”, antes, ao contrário, é o Poder de Deus na existência de todo aquele que Nele crer; que o Culto ocorre na Vida, e não apenas no “culto”; que Orar à Deus é algo simples; que Igreja não é a mesma coisa que “igreja”; e que seguir a Jesus , como afirmou o velho e amado Caio, ainda é e continuará sendo o mais fascinante projeto de Vida.
Marcelos Louzada