Não sei de nada.E não pensem que a culpa é minha,pois,não é.Já nasci assim.
Talvez isso explique,de certa forma,o motivo pelo qual nunca ter respostas fixas e acabadas acerca do que quer que seja,enfim,tanto no que concerne a mim quanto ao que diz respeito aos outros.
Não explicito aos homens aquilo que julgo ser verdadeiro para mim e nem discorro sobre a visceralidade profunda dos meus próprios dejetos intestinais.
Não sei definir,definivelmente,com definições definidas nem um,nem outro.
Minha burrice é grande acerca disso.
Aliás,nunca interessei-me saber o sexo dos anjos e nem quantos fios de cabelos já perdi sem sequer me dar conta disso.
Oh!Como sou ignorante!
Todavia,de modo sutil e misterioso,sublime,às vezes,vejo-me de joelhos ante AQUELE que se revelou através da ENCARNAÇÃO do VERBO ETERNO,sem perguntas ou palavras,apenas com lágrimas e temor reverente.
Mas,sem medo ou fantasmas,posto seja isso feito com amor e fé consciente.
Assim,mesmo não sabendo descrever a fenomenologia do mistério,ouço a Voz que me diz,enternecidamente:'Com amor eterno te amei,por isso,com benignidade te atraí'.
Logo,rejubilo diante da torpeza ignóbil do meu próprio ser frente a frente às ponderações que me faltam por estar ante a ELE.
É desse jeito que agora sei que não sei:eis a questão!
Marcelos Louzada - Ignorante assumido.
