quinta-feira, 19 de junho de 2014

Pecado da Incredulidade II - quando a "má vontade" nos cega para a vida

Depende do olhar... Você vê um pato ou um coelho?
 
A incredulidade, citada no capítulo 11 de Lucas, é um "estado mental" implantado na mente dos religiosos judeus, que os impedia de enxergar a Verdade, apesar de saberem que ela estava bem a frente deles, porque isso implicaria em decisões, mudanças de comportamento, atitudes que eles não estavam dispostos a tomar.

Essa é a matriz do pecado contra o Espírito Santo. E seu estágio avançado, ativo, é que vemos no mesmo capítulo de Lucas: as pessoas tentando a todo custo apagar a luz para que os outros não se encontrem.

Os religiosos judeus inventaram duas mentiras para invalidar os milagres de Jesus (na tentativa de apagar a luz) -  espalharam o boato que Jesus expulsava demônios porque tinha um pacto com o Diabo; e, para diminuir a força dos milagres que eles mesmos vislumbravam, começaram a pedir por um certo tipo de milagre - um sinal miraculoso no céu! - que comprovasse que ele era o messias.

O cansaço de Jesus com aquela geração é patente... O milagre que propõem a eles - o milagre de Jonas - a comparação que Jesus faz com um povo que Deus "quis" que se extinguisse...

Os de Nínive se converteram apesar da pregação desamorosa de Jonas; e ali estava falando quem era infinitamente maior que Jonas, quem amava infinitamente mais que Jonas.

Os de Nínive conseguiram enxergar o que os religiosos, cegados pelos seus preconceitos, não puderam ver.

Existe uma importância no nosso olhar. Isso influencia, e muito, nosso comportamento.

Se você vê possibilidades de ser enganado a todo momento nas pessoas que te rodeiam... Ou você está muito mal acompanhado, ou você perdeu a capacidade de confiar nas pessoas.

Se você é alguém amargurado com a existência, então em seu olhar não haverá o brilho da gratidão simples, você não perceberá, que de fato, nossa vida é composta de presentes que nos são dados a todo momento...

Se você não se perdoa, você não consegue perdoar seu próximo, e quanto mais assim for, mais culpa você joga em quem está a sua volta.

Há o olhar de incredulidade. Jesus chama de olhos malignos, e diz que é sinônimo de corpo em trevas...

Esse olhar não enxergou Deus... Apenas uma ameaça a uma certa posição social, a um certo status...

 
O antídoto para a incredulidade é a luz. E um corpo pleno de luz, sem parte alguma escondida, em trevas, faz da pessoa um iluminado.

Onde há luz não sobra espaço para a hipocrisia.
 
Leo
Texto escrito em Maio, entre idas e vindas de Italva à Macaé.