Minha lembrança mais antiga de Natal foi o dos meus 3 anos, quando ganhei minha bicicletinha verde. Foi um natal de muitos brinquedos aquele, tanto que nem vi a bicicleta, empolgado com os brinquedinhos.
Pensando bem, meus natais foram minguando dali para frente, mas eu nem percebia, havia tanto amor e tanta riqueza do que de fato era ( e é) necessário para se viver...
O natal dos meus nove anos foi terrível. Meu avô foi assassinado e vi minha mãe e minhas 4 tias velando, desconsoladas, o pai delas na mesma sala onde ano após ano trocávamos presentes. O natal de Jesus não foi muito diferente, todas as crianças de Belém foram assassinadas por conta apenas da loucura de Herodes, e sua mania de perseguição.
Minha Mãe desde então chorava muito quando da proximidade do Natal, mas o tempo foi se encarregando de apagar as lembranças doloridas, e o perdão... Sim, o perdão! Foi colocando a alegria do natal de volta nela. Nela e em suas irmãs, graças a Deus.
O natal, dalí para frente, mais que nunca, passou a simbolizar para mim o perdão, o esquecer-se de mim, a preparação do coxinho para recepcionar o nascimento de Jesus em minha vida. Para me lembrar do dia que eu o pari na minha realidade...
E a caminhada segue... Jesus fugiu para o Egito, depois foi para a Galileia helenizada... Cresceu, amadureceu, e fez o que fez.
Nesse natal, eu quero mais do que chamar Jesus a existência da minha vida. Eu quero que nesse ano de 2015 ele cresça em mim. Porque do contrário, no máximo, eu farei dEle um enfeite, um bibelô da minha catedral. Meu menino Jesus, lindo, belo, e incapaz de me direcionar para o Evangelho.
Dê esse presente a você mesmo neste natal. Aproveite de Jesus nesse ano de 2015. Porque, com toda a certeza, a alegria voltará!
Leonardo
19/12/14
