Melquisedeque aparece em três lugares distintos na Escritura : em Gênesis, em Salmos e na carta aos Hebreus.
Foi rei de justiça e paz ao mesmo tempo em que ministrava aos homens como sacerdote do Deus Altíssimo.
Não possuía ancestralidade humana,origem histórica concreta e acabamento final temporal.
Seus dias não tinham princípio e seu fim de vida jamais existirá.
Seu único veio existencial aponta para Jesus como quem ‘extra oficialmente’ é sacerdote para sempre ‘segundo o poder de uma vida indestrutível’.
Dessa forma,fica estabelecido um trato de Deus com o Homem que perpassa a moral,a religião e a fidalguia paroquiana.
Ou seja: tal ordem não admite enquadramentos teológicos ou qualquer outro tipo de confinamento imaginário escolástico.
Ela sepulta o sagrado de vez e acaba com as culturas-guetos apequenadas em sua capacidade de intuir aquele que É Santo.
A síntese de tudo isso leva-nos a um modo de caminhar que só reconhece a fé que vê Aquele que é invisível e que constrói a horizontalidade dos relacionamentos sobre um único dogma:o Amor.
Nessa bendita ordem cabe apenas a salvação que agasalha sem pedir nada em troca,que abençoa sem fazer alarde,que perdoa sem medir a culpa e que instrumentaliza o bem prático,a paz mútua e a justiça reta de modo pleno.
Por ser assim é que há esperança para qualquer um em Deus,inclusive,você e eu.
Marcelos Louzada.
