Estamos nas vésperas de mais um Natal e Ano Novo,velhos. Velhos na fantasia lúdica,no arcabouço tradicional festivo e na cronologia histórica oficial da cristandade.
Papai Noel e seus amigos presépios,pinheiros,cartões,pisca-piscas,ocultos e mercadológicos,agradecem,é claro.
Aliás,o senhor “mercado” sente-se muito honrado com as juras de amor capitalistas de todos nós.Celebra,inclusive,as taxas tributárias elevadas,as facilitações de compras promovidas pelo mal uso dos cartões financeiros e os rentáveis juros abusivos parcelados,pois,afinal de contas,em um mundo globalizado e moderno,temos de estar atualizados e duros.
A síntese que este cenário pagão varejista do natal cristão idealiza é sempre a de um Jesus pequenininho e que não cresce nunca.
E a imagem que fica no inconsciente coletivo acerca disso é a de um “deus” de calças curtas, que está sempre carecendo de cuidados imediatos especiais de primeiro grau,senão,morre.
Há alguma novidade nisso?
Creio que não.
Já faz um bom tempo que tais distorções estão assentadas nas prateleiras do antiquário da reminiscência humana.
Por essa razão muitos não crescem e nem evoluem em graça e na plenitude do conhecimento DELE.
Pois ainda não entenderam que DEUS já nasceu GRANDE.
A única coisa nova que pode acontecer na vida no que diz respeito ao Natal se dá a partir do instante em que ele deixa de ser uma festa anual religiosa e passa a ser uma realidade perene no interior do coração.
Ou seja,”Cristo em vós”,é quem É a esperança da glória e não as confabulações de um dia sagrado para alguns.
Sem dissecações,sem diminuições,sem atrofiamentos existenciais,porém,inteiro e eternamente vivo.
Aí sim,haverá paz na terra aos homens de boa vontade a quem Deus quer muito bem.
Boas festas e Bom Ano Novo de Verdade!
Marcelos Louzada.
