Uma das mais
loucas e excitantes dúvidas que temos se dá exatamente nos intrincados mistérios
interiores que nos habitam.
Alguns até nos são conceitualmente
conhecidos. Outros, embora tenham sido decifrados à luz da ciência e dos
saberes acadêmicos distintos quando chegam pessoalmente a cada um causam sensações
de surpresa e de pura ignorância abjeta imiscuída aos complexos sentimentos nobres
que toda criatura carrega.
Por isso somos tão diferentes uns dos
outros diante dos mesmos incidentes da vida e da morte.
Enquanto um sorri, outro chora. E
assim acontece desde sempre e para sempre o tempo todo.
Esses “mistérios” são absolutamente
comuns a todos nós apesar de serem indistintamente exclusivos como
manifestações únicas na individualidade do SER.
Essa experiência na ambiguidade humana faz
com que qualquer pessoa vivencie as mais tolas e as mais altaneiras emoções
possíveis.
Daí, com liberdade e consciência, com
sabedoria e discernimento, com razão e fé e com tudo o mais que temos e somos,
caminhamos na construção da História, nesse tempo e nessa hora, para o bem e/ou
para o mal.
Tudo, no entanto, dependerá e muito da
maneira pela qual traremos à existência ou não os invisíveis monstros
escondidos em nós ou os desconhecidos e maravilhosos elementos de luzes apagadas
dentro da gente querendo brilhar vida no mundo.
Quando isso acontece, revelamos o “mistério”
de quem somos: lobos ou ovelhas, luz ou trevas, homens ou bichos.
E aí, já descobriu quem você é ou tem
sido?
Marcelos Louzada