domingo, 2 de dezembro de 2012

FÉ-DE-MAIS NÃO CHEIRA BEM



Acreditar em tudo que se diz ou faz em nome de Deus, de Jesus, da Bíblia e da Igreja, definitivamente, não é e nunca foi algo saudável nem muito menos digno de inteira confiança.
               Os piratas do cristianismo, os malandros pregadores, os escarnecedores heréticos, os pastores falsos, os guardiões da religião de cera, os teólogos mesquinhos dos dogmas caducos, os escribas farisaicos da letra morta, os empedernidos eclesiásticos bicudos e mal humorados do templo-pedra-edifício-lugar e os fanáticos aventureiros de plantão sempre marcaram presença na comunidade dos santos.
               Se isso não fosse o bastante, há também entre nós pessoas equivocadamente sinceras em muitos aspectos, práticas e convicções exatamente como eu e você o somos.

               Daí, a necessidade de diferenciarmos cada coisa para não corrermos o risco de cairmos no engodo messiânico cristão hodierno.
               A ressurreição recente e vulcânica do apostolado ministerial; a fé nas crenças, nos credos e nas tradições religiosas como um fim em si mesmas; a banalização da PALAVRA como a ROCHA do SER e da VIDA; o mercado religioso introduzido sob o ósculo sagrado da barganha nos círculos eclesiasticamente ungidos pela cor da grana preta; o enriquecimento ilícito e vergonhoso de algumas lideranças espúrias; a fabricação de milagres inexistentes; os púlpitos estrategicamente preparados para os shows de marketing são apenas uns poucos exemplos do que vem acontecendo há muito tempo em todo canto.
               Portanto, já passou da hora do juízo e do bom senso. Tudo, tudo mesmo, deve voltar ao crivo único, eterno e que é também a única esperança da nossa singela FÉ : Jesus de Nazaré.
               Quanto mais assim fizermos mais iremos ser capazes de viver do EVANGELHO ao invés desta torpe fé-de-mais.
               Marcelos Louzada.