Acreditar em
tudo que se diz ou faz em nome de Deus, de Jesus, da Bíblia e da Igreja,
definitivamente, não é e nunca foi algo saudável nem muito menos digno de
inteira confiança.
Os piratas do cristianismo, os
malandros pregadores, os escarnecedores heréticos, os pastores falsos, os guardiões
da religião de cera, os teólogos mesquinhos dos dogmas caducos, os escribas
farisaicos da letra morta, os empedernidos eclesiásticos bicudos e mal
humorados do templo-pedra-edifício-lugar e os fanáticos aventureiros de plantão
sempre marcaram presença na comunidade dos santos.
Se isso não fosse o bastante, há
também entre nós pessoas equivocadamente sinceras em muitos aspectos, práticas
e convicções exatamente como eu e você o somos.
Daí, a necessidade de
diferenciarmos cada coisa para não corrermos o risco de cairmos no engodo
messiânico cristão hodierno.
A ressurreição recente e vulcânica do
apostolado ministerial; a fé nas crenças, nos credos e nas tradições religiosas
como um fim em si mesmas; a banalização da PALAVRA como a ROCHA do SER e da
VIDA; o mercado religioso introduzido sob o ósculo sagrado da barganha nos
círculos eclesiasticamente ungidos pela cor da grana preta; o enriquecimento ilícito
e vergonhoso de algumas lideranças espúrias; a fabricação de milagres
inexistentes; os púlpitos estrategicamente preparados para os shows de marketing
são apenas uns poucos exemplos do que vem acontecendo há muito tempo em todo
canto.
Portanto, já passou da hora do
juízo e do bom senso. Tudo, tudo mesmo, deve voltar ao crivo único, eterno e
que é também a única esperança da nossa singela FÉ : Jesus de Nazaré.
Quanto mais assim fizermos mais iremos
ser capazes de viver do EVANGELHO ao invés desta torpe fé-de-mais.
Marcelos Louzada.