segunda-feira, 19 de julho de 2010

Até Quando?


Em toda parte vemos a propagação das idéias cambiantes da desesperança mórbida em suas
apatias mumificadas quanto a prática do amor entre os humanos.
Prega-se,por conta disso,conceitos ideológicos abstratos sentimentais e não as realidades existenciais concretas no exercício diário de um viver pleno de bem,de paz e de harmonia interior;refiro-me aos encantos dos discursos imediatistas,das falas redundantes dos burburinhos teóricos,das fonologias verborrágicas suspeitas e,até mesmo,das ejaculações orais paupérrimas quanto ao próprio uso da linguagem corrente.
Babel,por exemplo,perto do atual mundo contemporâneo,vira conto infantil lendário ou canção de niná noturna.

Até quando a luxúria da mentira irá passar-se pela preeminente verdade?
Até quando resistirão os poetas?
Até quando pessoas terão de morrer exiladas do direito universal de serem tratadas apenas como gente?
Até quando o mau vai torcer a eqüidade da reta justiça?
Até quando a criação aguardará com expectativa pela manifestação sóbria dos filhos de Deus?
Até quando clamarão os profetas da gentileza urbana "gentileza gera gentileza",e não serão ouvidos?
Até quando a moral será o crivo ético dos juízos e valores?
Até quando seremos meros expectadores aturdidos e insolentes da indiferença religiosa dominante?
Até quando "adoração" ficará confinada a cultura do mercado de vendas?
Até quando ficaremos parados?
Até quando os estetas endeusarão a fachada exterior dos seres e das coisas?
Até quando se dará desculpas à Deus?
Até quando ouviremos:até quando???
Ouviu bem?
Até quando?
Marcelos Louzada.