quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Bruce Lee:Ontem e Hoje



Entre os praticantes de artes marciais de todo mundo há o reconhecimento uníssono quanto ao legado que Bruce Lee deixou na história como um dos mais apurados lutadores que já existiu.
Aliado a uma técnica precisa de golpes plasticamente perfeitos,ele dedicou-se à prática de coisas que lhe eram muito importantes,como:outros estilos de lutas fora do tradicional Kung Fu,esgrima,dança,musculação,filosofia e leitura.Era um auto-didata por natureza.
E graças aos esforços e as descobertas empreendidas por ele,temos,à partir de então,uma nova modalidade no combate ‘mano-a-mano’: o Jeet Kune Do.

Porém,a genialidade dele ia além dos socos,chutes,cotoveladas,saltos,improvisos
e projeções.
De fato,havia nele um faro de rara maestria para ensinar aquilo que fazia parte de sua rotina diária.
Bruce dizia:Eu não acredito mais em estilos,não acredito que haja algo como o tipo ou a forma chinesa de lutar,ou a forma japonesa de lutar ou qualquer outra que seja.
Porque,somente se existisse um ser humano com três braços e quatro pernas,só então teríamos uma forma diferente de luta.Mas nós só temos duas mãos e duas pernas basicamente.E os estilos tendem a separar os homens,porque eles tem sua própria doutrina e a doutrina que virou a verdade sagrada você não pode mudar ou questionar.
Mas se você não tem estilo,se apenas disser:aqui estou eu,um ser humano,como eu posso me expressar total e completamente?Esta é a verdadeira essência.
Assim,como um ‘artista marcial ‘informe,do ponto de vista clássico,ele descons
truiu este ou aquele modo como sendo o correto caminho de combate,des-sacralizando
os dogmas,as regras e as rotinas pré-existentes dentro do universo de combatividade real.
Num certo sentido,fico perplexo com a conectividade que muitos desses fatores possuem em relação aos princípios elementares do Evangelho de Jesus de Nazaré.
Porque,se há alguma coisa que o Evangelho não tem é forma,doutrinação,método
logia,regras ou dogmas religiosos.Porque em todas essas coisas pode haver tudo,menos
vida.E o que mais há em Cristo,é vida e vida em abundância.
No mundo real,de alegrias e tristezas,vitórias e derrotas,partos e lutos,sanidades e doenças,verdades e mentiras,casamentos e separações,amizades e desavenças,e de mui
tas outras contrariedades mil,somos chamados a lutar frente a frente(no grego palé:luta
corpo a corpo)contra os principados, potestades e dominadores tenebrosos presentes na
ordem do sistema mundial que globaliza o planeta.Contra estes,não há fetiches,palavras
mágicas,terapias freudianas,religiosidades,legalismos,títulos eclesiásticos,denominacio
nalismos e nem a origem genealógica familiar.
O que conta,mesmo,é ser nova criatura em Cristo,reconciliado por Ele com Deus,
num processo de renovação constante da mente,metanoaino(de conversão diária).
Temos,portanto,de lutar legitimamente,com as armas da justiça e do amor,da ver
dade e da paz,da salvação e da fé,orando em todo tempo e para isto vigiando afim de que a espada do Espírito,que é a Palavra de Deus,penetre profundamente em nossos corações,radiografando-nos tanto na alma como no espírito,dando-nos discernimento dos pensamen
tos e propósitos pessoais,de modo a produzir nem heróis nem vilões,nem vencedores nem vencidos,mas uma comunidade terapêutica que preserve a essência do maior mandamento da vida:o amor.
Logo,digo:Eu não acredito mais em estilos,não acredito que haja algo como o tipo ou a forma religiosa de viver,ou a forma institucional de viver ou qualquer outra que seja.
Porque,somente se existisse um ser humano diferente um do outro,só então teríamos uma forma diferente de vida.Mas nós só temos a mesma natureza caída.E os rótulos tendem a separar os homens,porque eles tem sua própria doutrina e a doutrina que virou a verdade sagrada você não pode mudar ou questionar.
Mas se você não tem preceitos,se apenas disser:aqui estou eu,um ser humano,como eu posso me expressar total e completamente?Esta é a verdadeira essência.
Que o “caminho do golpe que intercepta” nos ajude a entendermos melhor nossa
jornada neste viver.
Marcelos Louzada.